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Solar Heat Worldwide 2025: energia solar térmica em expansão

O recém-lançado relatório Solar Heat Worldwide 2025 apresenta os dados mais recentes sobre as principais aplicações de aquecimento e arrefecimento solar, incluindo a preparação de água quente sanitária e aquecimento ambiente, aquecimento de redes urbanas de calor e arrefecimento através de energia solar.


Em 2024, a China liderou o mercado global de sistemas solares térmicos para aquecimento industrial, enquanto os Países Baixos registaram o maior aumento da capacidade na Europa de aquecimento solar por intermédio de redes urbanas de calor. A Alemanha foi o país que liderou a cota de coletores híbridos fotovoltaicos-térmicos (PVT).

“Os 17,8 GW (gigawatt) de nova capacidade de aquecimento solar instalados no ano passado demonstram, mais uma vez, a grande atração desta tecnologia – ao serviço de proprietários de edifícios, empresas agrícolas, hotéis e utilizadores industriais. A sua versatilidade e adaptabilidade sublinham o seu papel vital no avanço da neutralidade climática”, referiu Lucio Mesquita, presidente do Programa de Aquecimento e Arrefecimento Solar da Agência Internacional de Energia (IEA SHC), que publica anualmente o Solar Heat Worldwide.

Foram recolhidos dados de mercado de mais de 70 países para fornecer uma visão abrangente dos desenvolvimentos nos mercados globais. O estudo tornou-se uma fonte de dados sobre energia solar térmica e uma referência para organizações internacionais como a REN21 e a Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA).

As aplicações para a preparação de água quente sanitária e o aquecimento de espaços em edifícios continuam a ser as aplicações predominantes na maioria das regiões do mundo. No entanto, este segmento está sob pressão das bombas de calor e das políticas de eletrificação. Consequentemente, o mercado global de aquecimento através de energia solar registou um declínio de 14% em 2024. Contra esta tendência, as vendas anuais cresceram a taxas de dois dígitos em vários grandes mercados solares térmicos, incluindo o México, o Brasil e a Turquia. As razões para o aumento das vendas incluem um sector de construção em crescimento e estratégias de marketing intensificadas por parte dos fornecedores de sistemas.

As empresas industriais e de aquecimento urbano em todo o mundo estão a recorrer cada vez mais a soluções isentas de emissões de CO₂. “Apesar de um ambiente de mercado desafiador no sector residencial, estamos a assistir a um crescimento dinâmico em aplicações de grande escala, como o calor de processos industriais e o aquecimento solar de redes urbanas de calor. Estas tendências sublinham a contribuição vital do solar térmico para um futuro descarbonizado, especialmente em sectores onde a eletrificação, por si só, é difícil de concretizar,” disse Christoph Brunner, CEO da AEE INTEC (Instituto para Tecnologias Sustentáveis) e um dos principais autores do relatório.

Perspetivas positivas para o aquecimento solar industrial

O ano de 2024 foi particularmente positivo para o calor solar industrial. Pelo menos 106 centrais de aquecimento solar industrial (SHIP) com uma capacidade de 120 MW (megawatt) foram colocadas em funcionamento em todo o mundo, um aumento de 28% em comparação com o ano anterior. As perspetivas continuam fortes, com mais 125 MW de capacidade de SHIP em construção até ao final de 2024.

Aumenta o número de grandes sistemas solares de aquecimento urbano

Atualmente, 346 cidades em todo o mundo beneficiam de energia solar integrada nas suas redes urbanas de calor. Em 2024, foram colocados em funcionamento dez novos sistemas com uma capacidade total de 74 MW. O mercado global de aquecimento urbano solar está a expandir-se de forma constante para novas regiões. Um dos destaques do ano passado foi a entrada em funcionamento de uma das maiores centrais de aquecimento urbano solar do mundo – um sistema de 34 MW nos Países Baixos.

A dinâmica também está a crescer no sudeste da Europa. Dois grandes projetos estão a avançar nos Balcãs: em Pristina, no Kosovo, o concurso de pré-qualificação para um campo de coletores de 44 MW com armazenamento sazonal terminou a 11 de Abril deste ano. Entretanto, em Novi Sad, na Sérvia, estão em curso planos para um campo de coletores solares de 27 MW, também emparelhado com armazenamento sazonal de energia térmica.

Duas novas fábricas de grande dimensão entre os líderes mundiais

O Solar Heat Worldwide também monitoriza as maiores instalações solares térmicas do mundo utilizadas no aquecimento urbano e no aquecimento de processos industriais. Estas instalações estão localizadas em todos os cinco continentes, refletindo a relevância global e a adaptabilidade da tecnologia solar térmica para satisfazer diversas necessidades energéticas. Servem uma vasta gama de grupos de clientes, desde serviços públicos municipais a instalações industriais e até resorts turísticos.

Coletores PVT ganham tração nos sistemas energéticos de edifícios

Impulsionada pela crescente popularidade das bombas de calor, a procura de coletores fotovoltaicos-térmicos (PVT) – também conhecidos como coletores híbridos – aumentou significativamente em 2024. Estes sistemas combinam um módulo fotovoltaico com um absorvedor térmico por baixo, permitindo a produção simultânea de eletricidade e calor. Esta funcionalidade de dupla saída faz dos coletores PVT uma fonte de energia flexível para utilização em edifícios, particularmente para o abastecimento de água quente ou para apoiar bombas de calor.

Os autores do Solar Heat Worldwide observaram um número crescente de entradas no mercado, com um recorde de 46 fabricantes a comunicarem vendas em 2024. No total, foram instalados 37,5 MWth (megawatt térmico) de capacidade térmica e 18,6 MWp (megawatt-pico) de capacidade elétrica – o que representa um aumento de 13% na produção térmica em relação ao ano anterior. A Alemanha, juntamente com a Holanda e a Espanha, liderou o mercado global em termos de novas instalações de PVT.

O relatório completo e as infografias estão disponíveis aqui

Fotografia de destaque: © Shutterstock







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Consumidores europeus querem rótulos energéticos mais inteligentes, revela inquérito do EPREL Services


Um inquérito realizado no âmbito do projecto EPREL Services revelou que, embora mais de 90% dos consumidores confiem fortemente na informação online para tomar decisões de compra, a base de dados EPREL e os códigos QR nos rótulos energéticos continuam a ser subutilizados.

Partindo da Base de Dados Europeia de Produtos para Rotulagem Energética (EPREL),disponível desde 2019, o projecto está a desenvolver novas ferramentas para melhorar o acesso aos dados, garantir a qualidade dos mesmos e promover decisões de compra sustentáveis.

O EPREL Services, cofinanciado pela União Europeia ao abrigo do Programa LIFE, visa aumentar significativamente o impacto da base de dados EPREL através das seguintes medidas:

-Desenvolvimento de uma nova aplicação web modular adaptada às necessidades dos consumidores, compradores, retalhistas e decisores políticos;

-Garantia da qualidade dos dados através de ferramentas de software técnicas e processos de monitorização, em colaboração com os fornecedores;

-Sensibilização das partes interessadas para o EPREL e as novas ferramentas;

-Melhoria das plataformas de informação sobre produtos existentes, adicionando dados do EPREL e facilitando ligações diretas;

-Promoção da adoção generalizada através de estratégias de comunicação e divulgação adaptadas.

O inquérito realizado pelo projeto apurou que, ao utilizar ferramentas e serviços online para pesquisar e comparar produtos, os consumidores europeus atribuem maior importância à exaustividade da informação sobre os produtos e filtros, seguidos da capacidade de comparar produtos e ordená-los por preço, várias características ou marca.

No que diz respeito à frequência com que consultam diferentes plataformas de informação ao comprar produtos com rótulos energéticos, os consumidores indicaram que as plataformas de avaliação, teste de produtos e as ferramentas de comparação de preços são as mais utilizadas. As plataformas de feedback dos clientes são consultadas com menos frequência, enquanto as calculadoras de sustentabilidade são as menos conhecidas.

As considerações relacionadas com os custos continuam a ser a influência dominante nas decisões de compra, com os consumidores a valorizarem a eficiência energética dos produtos, mas a sua importância relativa varia consoante a categoria do produto. Para eletrodomésticos e sistemas de aquecimento/ar condicionado, o consumo e a eficiência energética são o critério mais influente, juntamente com o preço de compra, o custo total de propriedade e os custos de funcionamento. Nos produtos eletrónicos de consumo, o preço de compra inicial destaca-se como o fator decisivo, enquanto o consumo de energia e os custos de funcionamento desempenham um papel menor.

A garantia ocupa consistentemente uma posição de destaque em todas as categorias de produtos, refletindo o foco do consumidor na durabilidade do produto. Outros fatores considerados pelo menos moderadamente importantes em todas as categorias incluem a qualidade dos serviços de reparação, avaliações de consumidores e especialistas, disponibilidade de peças sobressalentes, emissões poluentes, marca, prazos de entrega e disponibilidade, manuais e requisitos de instalação.

O feedback dos consumidores apontou ainda as principais prioridades para o desenvolvimento futuro da EPREL. São elas o aumento da sensibilização e a visibilidade dos recursos da EPREL, a melhoria da clareza e acessibilidade às informações técnicas e a aceleração e refinação dos recursos de pesquisa e filtragem.

A DECO PROteste, que integra o projeto EPREL Services, informou que as conclusões que resultam deste inquérito “serão refletidas numa nova aplicação em web modular que reunirá dados abrangentes sobre os produtos — incluindo consumo e eficiência energética e características técnicas — numa plataforma fácil de usar”. Através destas medidas, a iniciativa “visa revelar todo o valor da base de dados EPREL, ajudando consumidores e profissionais em toda a Europa a tomar decisões de compra mais inteligentes e sustentáveis”.

Fotografia de destaque: © Shutterstock

Dia Mundial da Refrigeração

26 de junho


O Dia Mundial da Refrigeração, em 2025, foi celebrado no dia 26 de junho, com o tema "Cool Skills". Este tema visa destacar a importância das competências técnicas e da formação profissional na área da refrigeração, ar condicionado e bombas de calor, indo além da eficiência em refrigeração e aquecimento. A iniciativa foi organizada pela World Refrigeration Day (WRD).

A data tem como objetivo reconhecer o papel crucial destas tecnologias no dia a dia e na sociedade, bem como a relevância dos setores envolvidos. O foco em "Cool Skills" pretendeu abordar a importância da qualidade do ambiente interior de edifícios, os conhecimentos técnicos, a formação e os profissionais do setor.

Para pontuar a data do Dia Mundial da Refrigeração em Portugal, a APIRAC esteve, entre outras iniciativas, a organizar o Seminário "Normalização na Refrigeração e Climatização 2025", que decorreu no Auditório do Montepio, em Lisboa.

O Dia Mundial da Refrigeração é uma oportunidade para:

-Reconhecer a importância da refrigeração, ar condicionado e bombas de calor na vida moderna.

-Destacar a relevância da formação e das competências técnicas no setor.

-Promover a eficiência energética e a sustentabilidade em edifícios e cidades.

-Discutir os desafios e oportunidades do setor.


Indústria começa a reagir ao novo quadro de apoios estatais adoptado pela Comissão Europeia


A Comissão Europeia adotou um novo quadro de auxílios estatais para apoiar os Estados-Membros no desenvolvimento das energias limpas, da descarbonização industrial e das tecnologias limpas.




O designado Clean Industrial Deal State Aid Framework (CISAF) estabelece as condições em que os Estados-Membros podem conceder apoio a determinados investimentos e objetivos, em conformidade com as regras da União Europeia em matéria de auxílios estatais.

Este enquadramento estará em vigor até 31 de dezembro de 2030, substituindo o Quadro Temporário de Crise e Transição (QCTT), que estava em vigor desde 2022.

O CISAF pretende simplificar as regras em matéria de apoios estatais, permitindo:

Implantação rápida de energias limpas, com base em procedimentos simplificados para apoiar energias renováveis e combustíveis com baixo teor de carbono (como hidrogénio verde e azul), encarados como fundamentais para a transição de sectores difíceis de descarbonizar;

Integração de energias renováveis intermitentes (eólica e solar), introduzindo novas regras e mecanismos de capacidade que ajudem os Estados-Membros a garantir um fornecimento estável de eletricidade;

Apoio a empresas com uso intensivo de eletricidade e expostas à concorrência internacional para que possam reduzir custos, desde que invistam na sua descarbonização;

Incentivo flexível aos investimentos em qualquer tecnologia que contribua para a descarbonização ou para a eficiência energética.

No seguimento do anúncio da Comissão Europeia sobre a adoção deste novo quadro de auxílios estatais para apoiar a implementação do Acordo para a Indústria Limpa, vão surgindo algumas reações. Uma delas foi a de Gwenaelle Avice-Huet, vice-presidente executiva para as operações europeias da Schneider Electric:

“Esta é uma medida oportuna e estratégica para acelerar a descarbonização da indústria e reforçar a competitividade da Europa. O reconhecimento da eletrificação flexível, juntamente com a ênfase na resposta à procura e no reinvestimento em ativos modernizados, reflete um compromisso claro com a construção de um alicerce industrial mais limpo e mais resistente.”.

Ainda assim, a responsável frisa que é “essencial que os mecanismos de apoio estejam plenamente alinhados com os objetivos de longo prazo” e que as soluções de transição baseadas em combustíveis fósseis “devem ser cuidadosamente avaliadas para garantir que continuam a ser coerentes com as ambições climáticas da Europa”.

Por último, refere que, agora, a Europa “tem a oportunidade de liderar a revolução industrial limpa, transformando a ambição em ação e criando uma economia sustentável preparada para o futuro.”

Fotografia de destaque: © Comissão Europeia

Foi disponibilizado um link para registo de modo a receber o convite de acesso ao espaço: clicar aqui

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